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O sentido da homogeneização cultural

Para que a empreitada catequizante de povos tão diversos como os que se encontravam no “Novo Mundo” se realizasse com sucesso, foi necessário não apenas uma homogeneização gramatical das diversas línguas aqui presentes, mas também uma homogeneização discursiva. Ou seja, exigia-se que os valores e significados cristãos se tornassem passíveis de serem comunicáveis em línguas que não dispunham do mesmo arsenal teórico que as línguas dos colonizadores – como a dicotomia bem/mal, a ideia de um deus cristão etc. Esse é um claro exemplo de como uma educação pautada em princípios e valores exógenos serviu para eliminar as diversidades culturais em nossa história e propiciar a unidade do Estado-Nação.

Se você quiser se aprofundar nessa discussão, poderá ler o artigo “A diversidade linguística como questão de governo”, de Cristine Gorski Severo (2013).